Em complemento ao texto e aos exercícios da apostila, dois episódios da série Histórias do Brasil e o depoimento de Marcos dos Santos Tupã, liderança indígena, sobre projetos de leis que afetam as populações indígenas (aqui).
Entradas e Bandeiras (São Vicente, 1690) sobre o bandeirantismo, a natureza mestiça dos bandeirantes, a descoberta de metais e pedras preciosas na América Portuguesa, a expansão territorial e a transformação de São Paulo.
"A ficção desse vez mostra o mameluco Jerônimo, que domina os segredos da mata. Como guia de uma expedição bandeirante, é ele quem aponta o caminho, decifra os rastros dos animais, encontra comida e água. Jerônimo terá que usar todo o seu conhecimento para salvar a vida do jovem Pedro, seu patrão e meio-irmão.
O cenário de partida é o sertão da Capitania de São Vicente, século XVII. Uma capitania de "segunda ordem" na época, na distribuição econômica da colônia, segundo o historiador Márcio dos Santos. A concentração de poder, com maior população branca e economia mais forte, estava no Nordeste.
As pessoas e as culturas, ora se contrapõe, ora se misturam, ora expropriam o que é dos outros ou os próprios outros. No andar, no vestir, no comer e na tentativa de curar, os bandeirantes com os índios irão aprender a se embrenhar na mata para caçar outros indígenas. Segundo Ronaldo Vainfas, "sem os conhecimentos indígenas, os portugueses teriam imensa dificuldade em se assenhorar, se apossar e se localizar, se movimentar na terra descoberta e ocupada".
Um dos grandes mitos sobre os bandeirantes, é que no século XVII, o apresamento de indígenas pelos paulistas suprimiria a carência de mão de obra nos lugares do Brasil, especialmente no Nordeste, onde não teriam sido atendidos pelo tráfico de escravos africanos. Quando na verdade, segundo John Monteiro, a maioria dos índios feitos escravos teriam ficado em São Paulo, tendo "um papel importante numa economia subsidiária", produtora de alimentos, como era a paulista.
Enfim, encurtando o assunto, deixando ao próprio vídeo mostrar o que deseja, só resta dizer ainda que trata este episódio da ação dos bandeirantes na expansão territorial portuguesa e na descoberta de ouro no interior da então colônia.
Os participantes desta vez são Márcio Roberto Alves dos Santos, Jorge Couto, Kátia Maria Abud, John Monteiro, e Ronaldo Vainfas."
José A. Fernandes
http://identidade85.blogspot.com.br/2013/08/historias-do-brasil-episodio-4-entradas.html
Ouro e Cobiça (Ouro Preto, 1719), sobre a transformação da sociedade em torno da descoberta do ouro (que não é uma mercadoria, mas "dinheiro vivo"); a migração para a região das minas; o contrabando; a variedade do trabalho escravo (as 'negras de tabuleiro, quitandeiras'), com a intensificação de atividades urbanas.
"O assunto desta vez é o ouro, o das minas gerais de finais do século XVII e XVIII. Desta vez para se mostrar a febre brasileira pelo metal, o "ouro dinheiro", que traz povoadores brancos em números impensáveis antes nestas bandas. Com direito aos conflitos como a Guerra dos Emboabas, ao aumento do fluxo de escravos, aos desvios de mãos de obra dos engenhos do Nordeste, e, enfim, às "artes de furtar", tendo neste último caso os mais lembrados santos do pau oco - imagens que levavam em seu interior o ouro dos descaminhos. Descaminhos que ocorrem em meio ao aumento dos impostos e das formas de fiscalização por parte da coroa portuguesa.
Aliás, os santos do pau oco (e demais assuntos) são o tema da história ficcionada desta vez. Conta-nos sobre o artesão Manuel Correia, que confecciona pequenas imagens de santos e de Vidal, o encomendador, que as quer para uso no transporte de ouro das minas. Minas nas quais trabalha como fornecedor de mantimentos e aonde usa ainda de suas escravas de ganho no dia a dia.
Os professores participantes dessa vez são Ângelo Alves Carrara, Caio César Boschi, Júnia Furtado, Luciano Figueiredo."
O cenário de partida é o sertão da Capitania de São Vicente, século XVII. Uma capitania de "segunda ordem" na época, na distribuição econômica da colônia, segundo o historiador Márcio dos Santos. A concentração de poder, com maior população branca e economia mais forte, estava no Nordeste.
As pessoas e as culturas, ora se contrapõe, ora se misturam, ora expropriam o que é dos outros ou os próprios outros. No andar, no vestir, no comer e na tentativa de curar, os bandeirantes com os índios irão aprender a se embrenhar na mata para caçar outros indígenas. Segundo Ronaldo Vainfas, "sem os conhecimentos indígenas, os portugueses teriam imensa dificuldade em se assenhorar, se apossar e se localizar, se movimentar na terra descoberta e ocupada".
Um dos grandes mitos sobre os bandeirantes, é que no século XVII, o apresamento de indígenas pelos paulistas suprimiria a carência de mão de obra nos lugares do Brasil, especialmente no Nordeste, onde não teriam sido atendidos pelo tráfico de escravos africanos. Quando na verdade, segundo John Monteiro, a maioria dos índios feitos escravos teriam ficado em São Paulo, tendo "um papel importante numa economia subsidiária", produtora de alimentos, como era a paulista.
Enfim, encurtando o assunto, deixando ao próprio vídeo mostrar o que deseja, só resta dizer ainda que trata este episódio da ação dos bandeirantes na expansão territorial portuguesa e na descoberta de ouro no interior da então colônia.
Os participantes desta vez são Márcio Roberto Alves dos Santos, Jorge Couto, Kátia Maria Abud, John Monteiro, e Ronaldo Vainfas."
José A. Fernandes
http://identidade85.blogspot.com.br/2013/08/historias-do-brasil-episodio-4-entradas.html
Ouro e Cobiça (Ouro Preto, 1719), sobre a transformação da sociedade em torno da descoberta do ouro (que não é uma mercadoria, mas "dinheiro vivo"); a migração para a região das minas; o contrabando; a variedade do trabalho escravo (as 'negras de tabuleiro, quitandeiras'), com a intensificação de atividades urbanas.
"O assunto desta vez é o ouro, o das minas gerais de finais do século XVII e XVIII. Desta vez para se mostrar a febre brasileira pelo metal, o "ouro dinheiro", que traz povoadores brancos em números impensáveis antes nestas bandas. Com direito aos conflitos como a Guerra dos Emboabas, ao aumento do fluxo de escravos, aos desvios de mãos de obra dos engenhos do Nordeste, e, enfim, às "artes de furtar", tendo neste último caso os mais lembrados santos do pau oco - imagens que levavam em seu interior o ouro dos descaminhos. Descaminhos que ocorrem em meio ao aumento dos impostos e das formas de fiscalização por parte da coroa portuguesa.
Aliás, os santos do pau oco (e demais assuntos) são o tema da história ficcionada desta vez. Conta-nos sobre o artesão Manuel Correia, que confecciona pequenas imagens de santos e de Vidal, o encomendador, que as quer para uso no transporte de ouro das minas. Minas nas quais trabalha como fornecedor de mantimentos e aonde usa ainda de suas escravas de ganho no dia a dia.
Os professores participantes dessa vez são Ângelo Alves Carrara, Caio César Boschi, Júnia Furtado, Luciano Figueiredo."
José A. Fernandes
http://identidade85.blogspot.com.br/2013/08/historias-do-brasil-episodio-4-entradas.html